Segundo a presidente da Fundação, nenhuma inovação nos últimos 200 anos fez mais para salvar vidas e melhorar a saúde do que a revolução do saneamento, provocada pela invenção do vaso sanitário. Mas, para ela, a ferramenta só chegou em um terço do mundo e precisa de novas abordagens. Em suma, é preciso reinventar o banheiro.
A pergunta é: o que exatamente tem de errado no vaso sanitário atual?
É muito caro para as pessoas de países em desenvolvimento, porque exige água tratada e esgoto, o que nem sempre está disponível. E, sozinho, ele não faz nada para realmente tratar os resíduos humanos.
Cerca de 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a instalações sanitárias e a falta de acesso ao banheiro favorece a propagação de doenças, que são a causa da morte de 1,5 milhões de crianças a cada ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
A Fundação quer um banheiro que seja barato, que as pessoas menos favorecidas possam ter acesso e que recicle os minerais energéticos dos nossos resíduos. Para isso, ela está bancando oito projetos de universidades que estão tentando inventar o banheiro.
A Fundação adverte que nenhum desses esforços constitui uma ideia perfeita, que resolveria todos os problemas de saneamento do mundo, e novos designs de papel higiênico devem seguir a tendência de renovação para melhorar esse sistema.
Alguns esforços para refazer o banheiro já foram por água a baixo, literalmente. Mas a Fundação Gates permanece esperançosa de que uma “inovação radical” pode surgir.
As universidades que receberam financiamento deverão ter protótipos dentro de um ano e estima-se que alguns dos projetos estejam prontos para lançamento em três ou quatro anos.