Atualmente em elaboração pelo governo federal, a reforma da Previdência tem gerado consequências positivas para a economia brasileira. Um dos principais pontos da nova agenda econômica, a proposta se junta a outras medidas que serão anunciadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Com a expectativa gerada pelas reformas, o resultado no curto prazo tem ocorrido em índices como a Bolsa de Valores de São Paulo e a valorização do real frente ao dólar. Nesta quinta-feira (31), o principal índice da Bolsa de Valores, o B3, bateu o patamar inédito de 98 mil pontos e encerrou o dia em 97,9 mil pontos.
Na avaliação do economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria, os sinais demonstram que há confiança no direcionamento que o governo vem dando aos rumos da economia, o que deixa o Brasil mais atraente e seguro tanto ao capital externo quanto ao investidor nacional.
"Isso é sinal da expectativa, já há algum tempo, de uma agenda econômica na direção correta, reformista, liberalizante, o que melhora o ambiente para investidores”, explica. "Isso tem ajudado a melhorar a confiança", completa.
Investimentos e empregos
Com o otimismo, no curto prazo chegam os investimentos externos e internos. Dessa forma, empregos e geração de renda aparecem no horizonte do País. Aspectos externos como a sinalização por parte do Banco Central norte-americano, o Fed, de que, por enquanto, não continuará subindo os juros também contribuíram para o otimismo do mercado financeiro.
Sócio-fundador do fundo de investimentos Leblon Equities, Pedro Rudge acredita que a permanência desse otimismo está ligada à continuidade da agenda de reformas. "A tendência é que, com a economia crescendo, as reformas sendo implantadas, a confiança cresça e o desemprego diminua", afirma. "Vai ser muito importante confirmar se as reformas serão aprovadas", aponta.
Outros indicadores como o índice de desemprego e a confiança do empresariado mostram que o otimismo quanto ao ambiente de negócios no Brasil também está disseminado internamente.
No último trimestre, a taxa de desemprego encerrou em 11,6%, patamar mais baixo que em anos anteriores, enquanto o Índice de Confiança Empresarial atingiu 98 pontos, o maior patamar em cinco anos, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).