Confiança da indústria caiu 0,9 ponto em julho

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas caiu 0,9 ponto em julho de 2019, para 94,8 pontos, o menor nível desde outubro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, desta vez em 1,0 ponto.

Após acelerar no segundo trimestre, quando foram registrados ganhos tanto no Índice de Situação atual quanto no Nível de Utilização da Capacidade, a indústria inicia o terceiro trimestre com sinais dúbios. A despeito da elevação do NUCI em julho, houve novo acúmulo de estoques e piora da percepção sobre a demanda. A boa notícia foi a primeira alta do Índice de Expectativas desde janeiro, por enquanto limitada ao quesito que mira o horizonte de seis meses. Nas perguntas direcionadas aos três meses seguintes, a tendência continua declinante”, comenta Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.

A confiança recuou em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados em julho. O Índice de Situação Atual (ISA) retraiu 2,2 pontos, para 94,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,5 ponto, para 95,3 pontos, a primeira alta desde janeiro de 2019.

A piora da percepção sobre situação atual dos negócios foi o principal fator a contribuir para a queda do ISA em julho. O indicador deste quesito da pesquisa recuou 4,4 pontos, para 94,3 pontos, o menor desde novembro de 2018 (93,4 pontos). A parcela de empresas que avaliam a situação atual como boa caiu de 19,6% para 11,9% do total. Já a proporção das que a consideram ruim aumentou de 21,1% para 22,7%. Em relação aos demais indicadores que integram o ISA, ambos tiveram desempenho desfavorável. O indicador que mensura o nível de estoques piorou 0,6 ponto para 94,1 pontos, o menor valor desde junho de 2018 (90,2 pontos).

Em relação às expectativas, após acumular quatro quedas consecutivas, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes subiu 3,3 pontos em julho, atingindo o mesmo nível de maio passado (98,4 pontos). A parcela de empresas prevendo melhora aumentou de 34,9% para 38,4%, enquanto a das que projetam piora caiu de 13,2% para 10,3%. Em contrapartida, os indicadores de produção e emprego previstos para os próximos três meses recuaram 1,4 ponto e 0,3 ponto, respectivamente.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) subiu 0,5 ponto percentual (p.p.) entre junho e julho, alcançando 75,5%, patamar idêntico ao de outubro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o NUCI avançou pela quarta vez consecutiva, em 0,4 p.p., para 75,3%.

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