Economistas do UBS no Brasil reduziram a previsão para a taxa básica de juros no país a 4,75% no final de 2019, ante estimativa anterior de 5,25% ao ano, conforme relatório a clientes nesta quinta-feira, um dia após o Banco Central diminuir a Selic a 5,5% e sinalizar continuidade do ciclo de cortes.
"Dadas as nossas projeções de crescimento e da taxa de câmbio, acreditamos que o BC reduzirá a Selic em mais 50 pontos-base na reunião de outubro e fará um corte final de 25 pontos-base na reunião de dezembro, com a Selic caindo para 4,75% até o final do ano", afirmaram Tony Volpon e Fabio Ramos no documento.
Eles acrescentaram, contudo, que uma Selic de 4,75% com inflação em torno de 4,0% no próximo ano colocará a taxa real próxima de zero (precisamente em 0,7%), proporcionando uma expansão substancial dos estímulos monetários.
"Como a meta de inflação para 2021 é de 3,75% e vemos a taxa neutra real entre 1,5% e 2,0%, vemos a taxa Selic voltando a 5,25% até o final de 2020."
O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic em 0,5 ponto percentual na quarta-feira, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário e afirmou que "a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo".