Um encontro de trenas, equipamentos topográficos, argamassas e tintas de alta tecnologia pode motivar indústrias e varejistas do setor de construção civil a vender mais em quatro dias do que em um ano inteiro de trabalho. Funcionando como um gerador de negócios, a 17ª Feira Internacional da Construção (Construsul) deve movimentar R$ 600 milhões e reunir 78 mil pessoas, entre representantes da indústria, engenheiros, arquitetos, lojistas e público que planeja fazer reformas em casa. O encontro acontece entre os dias 6 e 9 de agosto, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo.
Com a proposta de sinalizar o desenvolvimento do setor de construção civil, a feira pretende reunir tecnologias na área de medidores automatizados e de produtos químicos aceleradores do processo de construção. Artefatos para fazer a argamassa ou a tinta secarem mais rápido, por exemplo, estão entre as novidades a serem expostas. “Apostamos na manutenção do crescimento do setor, alavancado pela construção de imóveis residenciais”, considera Paulo Richter, diretor da Sul Eventos, empresa organizadora da Construsul.
Para ele, a feira motiva lojistas a diversificar produtos, e indústrias a expandir seus negócios. Das 572 empresas expositoras, 18 participam do evento pela primeira vez. Richter acredita que o aquecimento do setor deve impulsionar a Construsul a se manter como a segunda maior feira do setor de construção civil na América Latina.
Além de servir para efetivos fechamentos de negócios, o evento inclui uma programação de seminários e workshops de atualização técnica para profissionais da área. Eventos simultâneos à Construsul também acontecerão na Fenac, entre eles, a 9ª Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção (ExpoMáquinas), que apresentará inovações em aparelhos para obras de infraestrutura e deve movimentar R$ 45 milhões em negócios. Outro evento paralelo é o 16º Congresso Nacional de Engenharia do Trabalho (Conest), que projeta reunir 300 participantes.
Para o diretor da Construsul, apesar das projeções de baixo crescimento do PIB e das altas taxas de inflação, o setor de construção civil deve enfrentar o cenário de forma promissora a longo prazo, impulsionado pela ampliação do crédito imobiliário. “As pessoas melhoraram financeiramente, as famílias estão crescendo e o setor habitacional está aquecido”, comemora.