Com exportações no valor de US$ 4,340 bilhões e importações de US$ 3,619 bilhões, a balança comercial brasileira da quarta semana de março de 2019 teve superávit de US$ 721 milhões, apontam dados do Ministério da Economia. No mês, as vendas ao exterior somam US$ 14,252 bilhões e as compras, US$ 9,998 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,254 bilhões. No ano, os embarques de produtos brasileiros aos mercados externos totalizam US$ 49,158 bilhões e os desembarques de produtos estrangeiros no Brasil são de US$ 39,006 bilhões, com saldo positivo de US$ 10,152 bilhões.
Análise da semana
A média das exportações da quarta semana foi de US$ 868 milhões, 21,2% abaixo da média de US$ 1,101 bilhão até a terceira semana do mês, em razão da queda das vendas das três categorias de produtos: básicos (-24,1%; por conta de petróleo em bruto, soja em grão, farelo de soja, café em grão, carnes de frango e bovina); manufaturados (-23%, em função de máquinas e aparelhos para terraplanagem, automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, tubos flexíveis de ferro ou aço) e produtos semimanufaturados (-1,5%, em consequência da redução nas vendas de ferro-ligas, ouro em formas semimanufaturadas, alumínio em bruto, madeira serrada ou fendida, açúcar em bruto).
Nas importações, houve crescimento de 2,1%, sobre igual período comparativo (média da quarta semana, de US$ 723,8 milhões, sobre a média até a terceira semana, de US$ 708,8 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, cereais e produtos da indústria da moagem, farmacêuticos, peixes e crustáceos, alumínio e suas obras.
Análise do mês
Nas exportações, comparadas as médias até a quarta semana de março deste ano (US$ 1,018 bilhão) com a de março de 2018 (US$ 939,4 milhões), houve crescimento de 8,4%, em razão do aumento nas vendas de produtos básicos (17,8%, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, café em grão, algodão em bruto, minério de ferro, farelo de soja) e produtos semimanufaturados (2,6%, por conta de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, ouro em formas semimanufaturadas, ferro fundido, alumínio em bruto, ferro-ligas).
Por outro lado, caíram as vendas de produtos manufaturados (-2,5%, por conta de veículos de carga, óleos combustíveis, automóveis de passageiros, tratores, laminados planos de ferro ou aço, açúcar refinado). Em relação a fevereiro último, houve crescimento de 25%, em virtude do aumento na venda das três categorias de produtos: básicos (33,2%); semimanufaturados (25,5%) e manufaturados (13,3%).
Nas importações, a média diária até a quarta semana de março (US$ 714,2 milhões), ficou 8,6% acima da média de março do ano passado (US$ 657,6 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com cereais e produtos da indústria da moagem (87%), adubos e fertilizantes (53,9%), plásticos e obras (15,3%), combustíveis e lubrificantes (13,3%) e equipamentos eletroeletrônicos (8,1%). Na comparação com fevereiro de 2019, houve crescimento de 13,2%, pelos aumentos das compras de veículos automóveis e partes (42,1%), combustíveis e lubrificantes (37,2%), equipamentos eletroeletrônicos (16,7%), plásticos e obras (14,6%) e equipamentos mecânicos (11,8%).