A taxa de desemprego no Brasil terminou o ano de 2019 em 11%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%, e veio igual à mediana calculada pelo Projeções Broadcast. As estimativas iam de 10,8% a 11,3%.
No trimestre encerrado em dezembro de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre até novembro do ano passado, a taxa foi de 11,2%.
Na média anual, a taxa de desemprego foi de 11,9% em 2019, taxa igual à mediana calculada a partir das projeções dos analistas do mercado financeiro e a menor em três anos.
A população desocupada no último trimestre somou 11,6 milhões de brasilerios, com queda de 7,1% (menos 883 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 4,3% menor que o mesmo período de 2018. A média anual de desocupados ficou em 12,6 milhões, 1,7% a menos que em 2018.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.340 no último trimestre de 2019, com alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 216,262 bilhões no trimestre até dezembro, alta de 2,5% ante igual período do ano anterior.
Mutirão de emprego
Em dezembro, o País alcançou uma taxa de informalidade de 41,0% no mercado de trabalho, com 38,735 milhões de trabalhadores nessa situação, segundo a Pnad Contínua.
O resultado foi puxado tanto pela população de trabalhadores atuando por conta própria quanto pela de pessoas trabalhando sem carteira assinada no setor privado. O trabalho por conta própria alcançou 24,557 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em dezembro. Em apenas um ano, o trabalho por conta própria ganhou a adesão de 782 mil pessoas. Em um trimestre, foram 123 mil trabalhadores a mais nessa condição.
O trabalho sem carteira assinada no setor privado cresceu para 11,855 milhões de ocupados nessa situação. O emprego sem carteira no setor privado aumentou em 367 mil vagas em um ano. Em um trimestre, foram 18 mil trabalhadores a mais.
A taxa de informalidade média do ano de 2019 foi de 41,1% em 2019, recorde na série histórica iniciada em 2016. O Brasil teve um contingente médio de 38,363 milhões de trabalhadores informais no ano passado, maior patamar já registrado pela pesquisa.
O setor público fechou 43 mil vagas em um trimestre, mas contratou mais 45 mil em relação a um ano antes. Já o trabalho doméstico absorveu mais 79 mil pessoas em um trimestre. No período de um ano, há 99 mil pessoas a mais no trabalho doméstico.
Desalento
Em todo o Brasil, a população de desalentados era de 4,620 milhões no fim do ano. O resultado significa 83 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro. Em um ano, 43 mil pessoas a menos estavam em situação de desalento.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.